Um dos
destinos mais badalados da Linha Verde - estrada que liga a Bahia
ao Sergipe - a Praia do Forte tem apenas 14 quilômetros, mas oferece belezas de
encher os olhos. Ao longo da preservada orla, a moldura é formada por areias
claras, coqueirais, recifes e mar cristalino repleto de cardumes coloridos. Ao
redor, as atrações ficam por conta das reservas ambientais e das ruínas do Castelo
Garcia d'Ávila, a primeira fortificação portuguesa em terras
brasileiras.
Desde a
década de 80, a Praia do Forte abriga a principal base do Projeto Tamar
- responsável por estudar e proteger as tartarugas marinhas. Tal ação foi
fundamental para a preservação da vila que, mesmo concorrida na alta temporada,
mantém a natureza da região intocada.
Além disso, a sede do projeto é um dos mais interessantes atrativos locais - o espaço conta com tanques de criação, aquários e biólogos de plantão para acompanhar a visita. Quem estiver na área entre os meses de dezembro e fevereiro ainda ganha um bônus - pode participar do emocionante processo de soltar as tartaruguinhas recém-nascidas no mar.
Além disso, a sede do projeto é um dos mais interessantes atrativos locais - o espaço conta com tanques de criação, aquários e biólogos de plantão para acompanhar a visita. Quem estiver na área entre os meses de dezembro e fevereiro ainda ganha um bônus - pode participar do emocionante processo de soltar as tartaruguinhas recém-nascidas no mar.
Nem só de
natureza, porém, vive a Praia do Forte. No centrinho, fechado ao
tráfego de carros e batizado de Vila, dezenas de bares e restaurantes
descolados, pousadas charmosas, lojinhas de artesanato e joalherias tomam conta
da avenida, das vielas e dos shoppingzinhos.
O glamour
aumenta a cada temporada, mas a praia faz questão de conservar sua atmosfera
rústica e, para isso, não abre mão da igrejinha branca à beira-mar, das ruas de
terra, das casinhas caiçaras e dos coloridos barquinhos de
pescadores.
A antiga aldeia de pescadores deu origem ao que é hoje Praia do Forte, um lugar que ainda preserva características rústicas, com detalhes requintados e modernidade. Acredita-se que a formação do vilarejo tenha começado em torno da fortaleza que o fidalgo português Garcia D'Ávila mandou construir, ainda no século XVI, para dar mais proteção ao lugar. Tinha a finalidade de armazenar as mercadorias que chegavam à costa da colônia, pelo mar, e que depois seriam enviadas para Salvador. Muitas famílias começaram a se instalar na região atraída pela chegada de mudas de côco que os colonizadores portugueses traziam da Ásia.
Alguns
homens se dedicaram ao plantio e colheita, outros se tornam marinheiros ajudando
na travessia de pessoas e mercadorias no Rio Pojuca, e outros ainda,
dedicaram-se à pesca.
Era o
início do povoamento das terras próximas ao Forte.
Primeira
fortificação portuguesa militar e residencial do Brasil, o Castelo Garcia
D'Ávila ou a Casa da Torre, como também é denominada, é um dos mais importantes
e significativos monumentos do patrimônio histórico e cultural brasileiro. Por
suas características medievais, é considerada a única construção do gênero nas
Américas. O Castelo começou a ser construído em 1551 por Garcia D'Ávila, que
chegou à Bahia em 1549, com o primeiro governador geral Tomé de Souza. Foi
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, em
1938. Hoje é um dos principais pontos turísticos de Praia do Forte.
Representado por suas ruínas, o Castelo oferece ao visitante uma bela vista para
o mar. A Capela de São Pedro dos Rates é a parte mais antiga - e mais
preservada - do histórico Castelo. Conhecida por Capela de Todos os Santos, deu
origem à sede e só foi concluída em 1624.
Em 1835,
todo o conjunto foi abandonado pelos descendentes de Garcia D'Ávila. Após as
obras de recuperação, na década de 1980, o Castelo foi transformado em fundação
e hoje funciona como Parque Histórico Garcia D'Ávila. Há no local um museu que
mostra todo o processo das obras de recuperação das ruínas e tem um acervo
precioso de louças portuguesas e peças indígenas que foram recuperadas durante
as escavações e catalogadas pelo Iphan. O parque é visitado por estudantes e
recebe milhares de turistas anualmente.
Outro cartão postal de Praia do Forte é a Capela de São Francisco de Assis. A igrejinha, hoje toda recuperada, fica em frente à praia do Porto. Contam que foi construída pelos pescadores em 1900. No altar estão as imagens de São Francisco de Assis, São Benedito e Nossa Senhora da Conceição, e nas paredes telas do pintor baiano Carlos Bastos retratando a via sacra. A sua localização privilegiada, compondo com o mar e as embarcações, é o cenário ideal para a realização de casamentos, não só dos nativos, mas de visitantes de diversas partes do Brasil que escolhem Praia do Forte para casar.
O Centro
de Visitantes da Praia do Forte foi criado em 1982. Junto com a base de
pesquisa, ocupa uma área total de dez mil metros quadrados, cedida pela Marinha
do Brasil/Comando do IIº Distrito Naval, no entorno do farol Garcia D’Ávila.
A biodiversidade, a beleza natural e a riqueza histórica e cultural desta região turística fazem do Centro de Visitantes um dos mais frequentados do Brasil, atendendo a cerca de 600 mil pessoas/ano, entre membros da comunidade, estudantes, pesquisadores e turistas brasileiros e estrangeiros.
Entre tanques e aquários, são 600 mil litros de água salgada com exemplares da fauna marinha da região e de quatro das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, em diferentes estágios do ciclo de vida. Tem multimídia, cinema, vídeo, aquários, tanques, exposição permanente de painéis fotográficos, loja e restaurante. Um espaço cultural recebe eventos com artistas nacionais, internacionais e locais.
Surf e
Mergulho
As
atividades são praticadas nas praias do Forte e de Itacimirim, com trechos de
boas ondas e outros repletos de recifes. As piscinas naturais mais concorridas
da região ficam na área conhecida como Papa-Gente, na Praia do Forte, com águas
transparentes e muitos peixes. É possível alugar máscara e snorkel na sede do
Projeto Tamar.
Trilhas
A Reserva
de Sapiranga, uma área de proteção ambiental com 600 hectares de mata
Atlântica, oferece oito diferentes trilhas que podem ser exploradas a pé, de
bicicleta, a cavalo ou de quadricilo, sempre em companhia de biólogos. Os
destaques são as espécies nativas da flora e da fauna da região, como
tamanduás, micos, orquídeas, bromélias...
Vôo de parasail
Toda a beleza da Praia do Forte pode ser apreciada do alto, em
emocionantes passeios de parasail - pára-quedas rebocado por lancha. A aventura
dura dez minutos e depende das condições do tempo.
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